terça-feira, 20 de outubro de 2009

Once up on a time... (2)


E continua a história da Ana. Bem, a partir daquele momento começaram as saudades pela mãe, que apesar do vínculo entre as duas n ser muito forte, era a MÃE. Começaram as visitas rápidas,de semana a semana. Por mais que soubesse que, mal a mãe entrava pela porta, que normalmente não durava mais que meia hora, teria de voltar a sair, a Ana chorava, sempre. Ok, isto por uns dias ainda se atura. Tinha de se aturar. Contudo, quando a miúda não se calava. A avó, em ver de consolar a pobre alma, dava lhe porrada porque a criança não se calava. Justo, portanto. Quando as visitas eram em casa da mãe, a Ana entrava e ia se sentar na sala porque a mãe estava a tomar banho. Secava o cabelo, arranjava se, e quando se dava pelas horas, era hora de ir para casa. Durou por volta de dois anos. Entretanto o pai casou. A mulher até parecia boa pessoa, amiga da miúda. Um dia estavam os três juntos, e a Ana comentou que não gostava de ter os pais separados (facto completamente óbvio para qualquer um). A madrasta levanta se e vai embora. O pai vai atrás dela. Moral da história: na (pequeníssima) cabeça da gaja, a miúda estava a culpa la pela separação dos pais. A Ana foi obrigada a pedir lhe desculpa. Algo com bastante lógica, portanto. A mãe arranjou um companheiro, que era como um pai para a criança, fantástico mesmo. Mal casaram, deixou de falar para ela. Começa aqui a verdadeira privação da companhia da mãe, a lavagem cerebral por parte do pai e da madrasta, que queriam tirar a criança dos avós, custasse o q custasse. Nem que para isso tivessem de dizer que a mãe dela era uma grande puta e que a minha avó nunca poderia ser uma segunda mãe para mim, mesmo tendo ela me dado um tecto para viver, comida e educação. Continuarei a relatar histórias que nem vos passa pela cabeça, mas que, depois do que leram, não é muito de admirar vindo destes 'adultos' com uma mentalidade de merda.

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