terça-feira, 15 de setembro de 2009

Once up on a time...


1989. Um dia como tantos outros. Nasce uma bebé, saudável segundo os médicos. Os pais rondavam os 20 anos. Convinhamos, não é propriamente uma idade para se começar uma família. Ainda existe muito para ser viver, para além do facto de serem pós adolescentes. A maturidade é matreira, precoce. Dias depois, a criança acaba por parar em casa da avó paterna. A mãe tinha as suas saídas diárias com as amigas, o pai trabalhava. Os únicos momentos em que estava com ele eram por volta das 7h da manhã, quando ia ao quarto do pai acordá-lo antes de ele ir trabalhar, pois no dia anterior já ela estava a dormir quando ele chegara. É claro que raramente era bem-vinda. Quatro anos depois, deu-se aquele fenómeno que cada vez mais ocorre nos dias de hoje. Um cliché, por assim dizer. Divórcio. A criança fica entregue aos cuidados da mãe, o pai tem de contribuir com a pensão mensal de alimentos, bla bla bla. Concluindo, a miúda acaba por ficar definitivamente em casa dos avós. A mãe é pobre demais para se manter a ela própria, quanto mais uma criança. O pai arranja uma namorada pouco depois, imaginem o espanto da moça. Começa aqui (apesar de já ter começado) a longa, exaustiva, confusa, alegre, pesarosa caminhada da... Chamemos lhe Ana.

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